Esses dados são essenciais para um entendimento, de pais e médicos, se o desenvolvimento do indivíduo com Down segue os mesmos padrões de outros pacientes no Brasil. "Às vezes uma criança com Down considerada com sobrepeso ou obesa em uma curva anterior, não tenha esteja fora do padrão dentro da realidade brasileira", aponta o pesquisador.
O trabalho durou mais dois anos e monitorou mais de mil crianças e adolescentes em diversas cidades do Estado de São Paulo. A compilação dos dados, que constitia em registrar peso, a estatura, perímetro cefálico e índice de massa corporal (IMC), foi feita pelo educador físico Fabio Bertapelli.
Assessor científico colaborador da Federação das Apaes do Estado de São Paulo e, com financiamento da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Bertapelli desenvolveu as novas curvas durante o seu doutorado, feito sob a orientação de Gil Guerra Júnior, na Unicamp, e de Stamatis Agiovlasitis, na Universidade Estadual do Mississipi, nos Estados Unidos.
Referência
Gil Guerra Júnior espera que em breve o Ministério da Saúde adote a nova curva de referência desenvolvida na Unicamp. "Apresentei os dados à Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que aprovou e enviou o pedido ao Ministério da Saúde", informa.
"Esse é um trabalho que ocorre constantemente. Talvez daqui 20, 30 anos, essa curva esteja defasada e será preciso que fazer outra. Isso ocorre com todos os indivíduos", explica.
FONTE? http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/estudo-da-unicamp-traca-novos-parametros-de-crescimento-de-criancas-e-jovens-brasileiros-com-down.ghtml